segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Ir Real


Desperto do sonho de viver. O real
É como um espectro que vaga em mim,
E sem rumo, navego o mar do (ir)real,
Instigante, misterioso e sem fim.

Ergo o véu da rotina, e meu olhar,
Cansado do finito, atrai o céu
Enquanto a terra segura, de além mar,
Zomba de mim, barco á deriva, ao léu.

Brada o corpo inconsútil a súplica:
Ó terra, devolva-me às estrelas
Pois a mim essa vida não se aplica.

Sou (ir)real. Sou (ir)real. Não existem formas
Que me caibam assim tão vago e aflito.
Quero espedaçar-me contra o infinito.

© Who – Brasília/DF

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